1. |
Dias Escuros
05:05
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Dias Escuros
As manhãs tristes
A noite clara
O tempo é curto
Às vezes, parece não termos escolha
Vivemos correndo
Faltando respostas, saímos de casa
Damos o sangue em troca de lágrimas
Dias Escuros
As manhãs tristes
A noite clara
O tempo é curto
Às vezes, não penso, às vezes só ajo
Agora não vejo cores no quarto
Objetos sem brilho são corpos quebrados
Saímos da fábrica já enguiçados
Tomada estourada, energia enlatada
Turbina emperrada, bateria vazada
Curto-circuito, geradores quebrados
Fio desencapado, lâmpadas queimadas
Lâmpadas queimadas, lâmpadas queimadas
Olhem para as ruas
Alaranjadas pela chuva
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2. |
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Pôs o café na mesa. Na hora, em silêncio,
Sentou-se curvado e longe de tudo
Tragou o café e bebeu, mudo, o cigarro
Sentindo o quanto é pra nada
Estava ali com o vazio por perto
E nos olhos incertos, não havia um porquê
Estava ali, seco como um deserto
Só estava ali, estava ali
Apenas assim que deveria ser
(Soluço engasgado de nó na garganta)
Mais uma vez viu que havia chegado
(Onde perdia o que nunca tinha encontrado)
Bebeu o café embaixo da mesa
Na hora, em silêncio, calou um grito rasgado
Estava ali, seco como um deserto
E nos olhos incertos, não havia um porquê
Estava ali com o vazio por perto
Só estava ali, estava ali
Estava ali com o vazio por perto
E nos olhos incertos, não havia um porquê
Estava ali, seco como um deserto
Só estava ali, estava ali
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3. |
Sobrenatural
03:51
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Andando pelas ruas muito encharcadas
Passando por um pântano com árvores afogadas
Andando pelas ruas muito encharcadas
Passando por um pântano com árvores afogadas
Meus amigos são paranormais
Estão dançando em becos escuros
Minha menina acha natural
Estamos fugindo do vento e dos sussurros
Vivo num mundo sobrenatural
As casas desse bairro são todas afogadas
Acabo dialogando com almas penadas
Tudo isso é supernatural
Tudo isso é sobrenatural
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4. |
Zero Hora
04:05
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Essas pobres almas que já nascem perdidas
Donas ou não de suas próprias vidas
As torres blasfemam, arrogantemente
Quem sente a fina chuva a lamentar por nós?
Enquanto andamos a sós neste mundo
De sonhos moribundos
Não sabem nada de nós tão a fundo
Eu grito o seu nome e traço o seu rosto
Ligando os pontos nas estrelas de neon
Sigo me embrenhando pela fumaça
Das motos e carros, de armas e cigarros
Em cada esquina, em cada beco imundo
Vidas são traduzidas em segundos
Não sabem nada de nós tão a fundo
Bocas famintas nos becos
Onde latas latem, reviradas
A cidade não respira em paz
Não sei se somos homens ou animais
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5. |
Não Quero Mudar
02:26
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Todos me dizem o que devo fazer
Todos corrigem o meu jeito de ser
Todos me dizem, devo parar de fumar
Não é por isso que eu vou mudar
NÃO! NÃO! Não quero mudar!
NÃO! NÃO! Não quero mudar!
NÃO! NÃO! Não quero mudar!
AAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Não tenho motivo pra agradar ninguém
Pra dizer "sim", "não", "talvez" ou "amém"
Não é seu jeito de agir ou pensar
Que vai conseguir me fazer mudar
NÃO! NÃO! Não quero mudar!
NÃO! NÃO! Não quero mudar!
NÃO! NÃO! Não quero mudar!
AAAAAAAAAAAAAAAAAH!
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6. |
Gato Preto
02:41
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Gato preto! Transmutado!
Gato preto! E sua mala amarela!
Achava que era um, não sei quem sou
Seguia um caminho e se deformou
Achava que era um, não sei quem sou
Eu tinha 7 vidas, nenhuma restou
Gato preto!
A cidade, a cidade parece tão viva
Postes moles abraçam humanos
Humanos abraçam as próprias entranhas
Gato preto!
Agora amassados, a vida é atraente na mala amarela
Agora amassados, a vida é atraente na mala amarela
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7. |
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O corpo parado na janela à noite
A alma embarcada no olhar
Perseguindo morcegos perdidos no céu
Sob o fino véu do luar
Tantas perguntas para poucas respostas
Apostas perdidas, o vento a soprar
Ecos de duas meias canções
As noites são breves para se lamentar
A canção que o vento trouxe era tua
A dança não para no outro lado da Lua
Segue adiante e voa, elegante,
Nossos olhos não irão recuar
As nossas promessas não foram esquecidas
Cumpridas serão, pois vamos nos reencontrar
A canção que o vento trouxe era tua
A dança não para no outro lado da Lua
Deixa a dor para trás, não podemos parar
Deixa o amor ser mais, não iremos chorar
A canção que o vento trouxe era tua
A dança não para no outro lado da Lua
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Gangue Morcego Rio De Janeiro, Brazil
Gangue Morcego is a post-punk / deathrock band from Rio de Janeiro, Brazil
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